Confira como foi a live Decoração como oportunidade de negócio, com Paulo Razz

Confira como foi a live Decoração como oportunidade de negócio, com Paulo Razz

O setor de decoração é, acima de tudo, apaixonante. Com projetos que se transformam em sonhos realizados, ele é também uma excelente oportunidade para quem deseja entrar em um nicho altamente diferenciado, em crescimento e com excelentes margens.

Na live da FESPA Digital Printing do último dia 10 de junho, o diretor da feira Alexandre Keese recebeu o consultor Paulo Razz para uma conversa especial mostrando a decoração como uma grande oportunidade de negócio. Foram conceitos super interessantes transmitidos pelos dois especialistas. Para quem não viu ou quem deseja rever, confira abaixo o vídeo na íntegra com a entrevista e os principais momentos no texto:

 

Um universo apaixonante

Quando o profissional da área gráfica vê o universo da decoração ele se apaixona, relatou Paulo Razz. O mesmo considera Alexandre Keese, que decoração é trabalhar com emoção, visando trazer um ambiente que tenha valores diferenciados, em muitas vezes mais acolhedor.

“Somos vendedores de sonhos, vamos criar para a pessoa aquele aconchego de casa. Ou uma sinalização com harmonia. A sinalização agrega isso e muito mais”, diz Paulo Razz.

Alexandre Keese relatou os números da pesquisa Print Census, promovida pela FESPA globalmente, com um dado que 74% das pessoas que investem em soluções de impressão digital dizem que papel de parede e decoração de interiores é um setor em crescimento na empresa deles. É um universo com uma tendência muito promissora.

Com a mudança da produção em massa para a customziação em massa, a impressão digital permite que se personalize um abajur, cortina, papel de parede, às vezes um recorte de material que pode deixar algo diferenciado dentro de quarto, escritórios, ainda mais nesse momento de home office, para trazer um ambiente mais agradável de se trabalhar.

Paulo Razz concorda: “Estamos em um ponto de transição no mercado de decoração. O que era feito de forma industrial, hoje é possível fazer de forma digital. Ontem estava conversando com um fabricante e toda linha é digital: cortina, almofada personalizada, e  o papel de parede, que antes podia fazer só em grande metragem com rotogravura, hoje pode fazer um rolo com uma estampa nova".

A gama de decoração fica mais acessível com impressão digital. Desde o quarto de uma criança até a sinalização de uma franquia, todo o universo decorativo, que exploramos pouco porque está passando por transição, tem oportunidade por onde a gente olha: moveleira, cerâmica, têxtil… é um universo a ser explorado.

A decoração traz ainda uma interação do cliente com o ponto de venda, algo importante para empresa de comunicação visual, que tem todo um novo mundo que “caiu em seu colo”. “Eles têm os equipamentos de pequena tiragem, as demandas, se ela se preparar e entender as especificações desse mercado e colocar energia os resultados são incríveis”. Porém, é preciso lembrar que é preciso de uma mão de obra qualificada e entender as especificações desse novo nicho.

Venda sonhos

Como vender a decoração sem ser, de fato, uma empresa de comunicação? É o que muitas empresas estão fazendo de forma errada. “Uma grande expertise que as empresas de comunicação visual precisam adequar o mais rápido possível é ter um showroom qualificado, igual as empresas de papel de parede. Esse ramo só não tomou a proporção devida porque ainda não tínhamos nos adequado a ele. Não podemos atender um cliente só mostrando uma imagem para ele. Quer vender decoração? Tem que vender um sonho, uma sensação. Para vender decoração, é muito importante ter um showroom”, relata Paulo Razz.

Alexandre reforça: “Dessa forma, a empresa deixa de vender um produto e vende valor”. É, por exemplo, transformar em um papel de parede o desenho de uma criança, gerando um valor inestimável. O especialista também reforça que, independente de qualquer coisa, é preciso que cada empresário tenha o seu plano de negócio muito bem definido. E, no caso da decoração, é mais do que vender o papel de parede, é oferecer um serviço.

Paulo Razz complementa: “Esta é maior oportunidade e onde vejo a entrada da comunicação visual muito forte. O método que vende maior quantidade de papel de parede hoje não vende a instalação. Eles te calculam um preço por rolo, vai gastar x rolos, e dão um terceirizado para fazer a instalação. Nós da comunicação visual temos a capacidade de fazer isso, se a gente se adaptar a isso. Quando o cliente pega orçamento, você não vende rolo, você vende um projeto decorado. São coisas simples que fazem a diferença”.

Novo mindset

Para isso, o mindset é elemento chave. “É preciso preparar a sua empresa, fazer um showroom, treinar time de vendas e preparar uma instalação separada da comunicação visual. Quem vai entrar na casa do cliente é um outro perfil de funcionário. São ferramentas diferentes, uniformizados, com limpeza após a aplicação. O empresário tem que montar uma grife de papel de parede”, diz Razz.

O consultor complementa dizendo que tudo que é preciso para fazer a grife a empresa de comunicação visual já tem. Qual a dificuldade de se fazer um showroom se é o produto que ela já vende? “Faça pra si mesmo. Prepare toda a sua empresa, faça o melhor showroom que a sua empresa poderia vender, e quando você receber o cliente, ele vai comprar”.

Outro ponto é a sustentabilidade. No Print Census, 76% das empresas já falam que existe uma demanda do cliente pelo apelo da sustentabilidade. “Queremos trabalhar essa cultura de sustentabilidade. Exemplo: você vai fazer o quarto do seu filho, qual impressão você vai colocar lá? A empresa de comunicação visual que atende só empresas vai passar a atender pessoas. E pessoas indicam quando gostam”.

Assim, você passa a ter promotores de suas vendas. “Mas, para isso, é preciso se organizar. É preciso colocar em pauta que, além de toda essa preparação, você vai precisar se comunicar para pessoas, fazendo um processo de venda de forma digital, de forma promocional, tendo um trabalho de pós-venda, eu acredito que é a grande diferença. É entender que você precisa vender satisfação e sonhos, é assim que você precisa começar”.

Resolver a dor do cliente

Quando a empresa resolver a dor do cliente, ela vende mais. Paulo Razz dá um exemplo: “O cliente queria um adesivo para banheiro e a empresa teve a ideia: laminou o adesivo, para suportar mais. O cliente adorou a ideia, falou para outras pessoas e ela vendeu 27 banheiros naquele condomínio. Esse “consultor de vendas” apresentou para todo o condomínio. Isso quando outra empresa já havia dito que não seria possível fazer a instalação no banheiro”.

E, mais do que resolver a dor do cliente, é entender quem é seu cliente. No mundo da decoração, há muito do “faça você mesmo”, aquela pessoa que compra o rolo e ela mesma faz a instalação. Isso é normal, essas pessoas não serão os seus clientes, e sim aqueles que querem de fato um projeto com instalação.

Razz retoma as oportunidades e nichos que a decoração traz: “Papel de parede, quadros, área têxtil, cerâmica, decoração empresarial com sinalização modular - como nos pontos de venda. São todos nichos. Que marca não quer ver sua imagem impressa em alta qualidade? Não seria também vender sonhos? Vender valor agregado?”

Novas ideias

Para auxiliar os empresários, o Estúdio Paulo Razz desenvolveu um exclusivo banco de imagem completo para toda empresa de comunicação que quer trabalhar com decoração. Os arquivos têm características importantes, como alta resolução, continuidade, sobreposição, tendências de decoração. O Estúdio ainda tem os catálogos impressos, mídias digitais, catálogo PDF e um treinamento para a empresa se adaptar a tudo que foi citado acima.

“Nesses anos no segmento desenhei papel de parede para empresas, mas no último ano passei a focar em mentoria. Atendi mais de 600 clientes e comecei a entender: o que é possível fazer? Muda a cara, monta um showroom, atende seu cliente de forma diferente. Todos que começaram a mudar o mindset têm resultado instantâneo. É um segmento tão novo que precisa tanto de qualidade que cada esforço gera resultados”.

Para empresas que de comunicação visual que não têm expertise no digital, a indicação de Paulo Razz é começar de dentro para fora. Cria o seu Instagram, apresenta o que você faz, começa depois a fazer postagens de serviços antes e depois, monta o Facebook, faz anúncio em grupos, depois aos poucos escala para campanhas de Facebook e Instagram e também uma plataforma de e-commerce.

E na parceria com arquitetos? Novamente é preciso se preparar para saber quais são as necessidades do profissional. E lembrar: o lucro está no melhor serviço. Em prestar um serviço completo, com qualidade. E muitas vezes através de parcerias: “Tenho clientes apenas instalando papel de parede que só tem um Instagram. Começa a anunciar os serviços feitos e terceiriza a produção, fazendo apenas a instalação. É um nicho incrível”.

Paulo Razz finaliza com os conselhos: “Olhe para sua empresa e busque saber o que você pode melhorar nela. Prepare a sua empresa. Faça um showroom estonteante para o seu cliente ficar apaixonado”.

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